Apossa-se de mim uma larva
Que anda ao cérebro
Inibindo meu prazer com a vida.
Faz meu coração ser bombeado venenosamente
Por um sangue contaminado de dor,
E do pulmão escapa só o ar essencial,
Pra continuidade desse terror.
Os meus olhos não vêem o que é,
Mais do que os outros não vêm,
O limite entre realidade e dor se perdem,
E então só vejo as dores que me fervem,
De tristeza e pavor.
Qual algum louco que ande à luz do dia,
Vendo tudo na película do drama e do terror!