Botei uma máscara
Retalho em retalho
E certo dia
Eu olhei no espelho
E acreditei na face que via.
Dos meus sonhos
Tomou forma,
Mas, forma vazia.
E acreditei no preenchimento,
Na ansiedade e no tormento
Da realidade que eu contemplava
E daquela que eu desejava.
Quando um ato qualquer
Sem querer e sem pretensão
Revela pra minha desgraça
O tamanho de minha ilusão.
Percebo a máscara,
Puxo os retalhos,
Perco o ar, eu choro,
O meu pranto de desilusão.