Criança Estúpida
Eu, como criança estúpida
Que costumava ser
Escrevia poemas de amor
Como quem fosse morrer
Aos versos fatalistas de dor.
Maior engano, dizer não saberia
Se dizer que de amor se morria
Ou ainda que romantismo existia,
Pura ficção de poesia.
Há quem durma muito e acredite
Que Julieta e Romeu existe
E quem nada durma e assim sonha demais
Também acredita em coisas tais.
Hoje eu, duvido até do que meus olhos vêm
E ouvem meus ouvidos
Sei que me enganam os sentidos
E a sanidade que os detêm.
Docke Lima
Enviado por Docke Lima em 24/09/2022