Entre as paredes do arranha-céu
Sob uma noite de luar
Parecem pintados por um pincel
Como torres sem se acabar
Palida luz da lua no céu
Mar de gente na rua
Será que existe no arranha-céu
Moderna Ismalia ao olhar a lua?
Seus olhos estão na rua
Sua alma está na lua
Pergunta ao coração, pura
Humanidade, cadê tua cura?
Será dela, loucura
Pergunta-se ao se perguntar
Realidade é por vezes dura
Ingenuidade é querer sonhar.
Viu uma lua acima
E'um mar de gente na rua
Me desperto olhando pra cima
"Ismalia essa dor não é só sua"
Eu digo a me ruminar.
* Com referência a "Ismalia" de Guimaraens
** Agradecimento ao Victor Fontanezi, quem me mostrou a imagem que ilustra essa publicação, gerando o um insight fundamental, sem o qual esse poema não existiria.
*** Imagem: https://proza.ru/2019/02/11/1746