De auto amor e autoestima
Ouço falar à cada esquina
Muito até e quem me dera
Do autoódio assim se era.
Contra os perigos, desprevenido
Passa o jovem-moço, sofrido
Ao descobrir de fato, é tarde
Que no fundo um ódio arde.
Não se amar é coisa menor
Indiferença, é até melhor
De que olhar o seu reflexo
E não ver mais que um anexo
Das coisas insignificantes
Desejar ter morrido, antes.
Ah, a indiferença não mata
Mas do ódio, desse não escapa
E se à outrem querendo mal
Tudo pode ser final
Quanto mais será a si mesmo
Um ser que se odeia a esmo?